A história da Irlanda está ligada ao povo celta, que chegaram, do continente europeu, na Idade do Ferra, cerca de 300 a.C.
As histórias dos guerreiros celtas influenciaram a cultura irlandesa, bem como a língua irlandesa, (gaélico). No início do século V chegam missionários cristãos, e São Patrício, criando monastérios em toda a Irlanda. O cristianismo influencia a arte da escrita, iluminura, esculturas e joalheria.
Os vikings chegaram da Escandinávia no final do século VIII, fundaram Dublin em 988, eles foram expulsos em 1014 pelas forças do rei irlandês Brian Boru.
Os normandos chegaram no século XII. Esses povos trouxeram o incentivo à agricultura e ao comércio, construíram igrejas e castelos. A partir de 1534, Henrique VIII declara-se líder da igreja Anglicana na Inglaterra, e mais tarde, 1541, rei da Irlanda.
Muitos protestantes, ingleses e escoceses chegaram à Irlanda como colonos, marcando uma história de conflitos religiosos.
Os conflitos impuseram duras penas aos católicos, as leis penais, que limitavam o direito à terra aos católicos, colocando o clero católico na ilegalidade entre outras leis rígidas. Em meadas do século XVIII as terras irlandesas estavam praticamente nas mãos dos protestantes. Com a Revolução Francesa, os irlandeses criaram uma organização com o intuito de unir os irlandeses e limitar o poderio britânico na região. Apesar da ajuda dos franceses, o movimento fracassou e em 1801 foi aprovada a Act of Union, unindo politicamente os dois territórios.
O direito de participação dos católicos no Parlamento inglês foi conseguido com Daniel O' Connell, em 1829, considerado um dos maiores líderes irlandeses, pois pretendia cancelar a Act of Union sem violência. Mas uma grande tragédia estava para acontecer, a grande fome.
Cerca de 8 milhões de irlandeses foram abatidos pela grande fome, entre 1845, 46 e 47, com a praga das batatas. Essa praga atingiu as plantações, e as pessoas começaram a morrer de fome. Enquanto essa tragédia acontecia, o governo britânico, que a tudo controlava, obrigava a exportação de colheitas de trigo e derivados do leite irlandês, tanto para o exterior como para a Inglaterra.
Memorial da Fome: Esculturas representando o povo irlandês faminto caminhando para o porto de Dublin. Escultor irlandês Rowan Gillespie (1997) . As esculturas comoventes encontram-se em Docklands próximo a Custom House Quay.
Calcula-se que dois milhões de pessoas morreram ou emigraram da Irlanda durante este período. A maioria dos emigrantes acabaram indo para os EUA Charles Stewart Parnell, aos 31 anos chegou a liderança do Partido Irlandês pela Autonomia Política tornando-se o Irish Parliamentary Party (Partido Parlamentar Irlandês) em 1882, que visava o autogoverno. Parnell recebeu o título de “rei não coroado da Irlanda”. Porém no norte da Irlanda, de maioria protestante, eram favorável a união com a Grã-Bretanha. Liderados por Sir Edward Carson,
O Unionist Party (Partido Unificador) ameaçou guerra, caso fosse concedida independência à Irlanda. Um Projeto de Lei pela Autonomia Política foi aprovado em 1912, porém não foi transformado em lei. Com a Primeira Guerra Mundial, em 1914 nacionalistas irlandeses apoiaram os britânicos, esperando que o autogoverno fosse concedido após o término da guerra. Apesar disso, muitos não confiaram no governo britânico provocando um dos principais eventos da história irlandesa, o Levante da Páscoa.
O levante da Páscoa aconteceu em 24 de abril de 1916 com a tomada de vários pontos de Dublin, declaração da República Irlandesa independente da Grã Bretanha e batalhas envolvendo a população civil. Na liderança estavam dois grupos de rebeldes armados (Voluntários Irlandeses e Exército de Cidadãos Irlandeses), liderados por Padraig Pearse e James Connolly. Os rebeldes foram rendidos em 30 de abril com a execução dos líderes e envolvidos. Éamon de Valera e Michael Collins, apesar de envolvidos no levante não foram executados e tiveram um papel importante nas eleições de dezembro de 1918, pois o partido de Éamon de Valera, ganhou a maioria das vagas irlandesas da Câmara dos Comuns. Os membros do partido se reuniram em Dublin em 21 de janeiro de 1919, para formar um parlamento da República Irlandesa, declarando o poder sobre toda a ilha. Com a liderança de Michael Collins, entre 1919 e 1921 tem início a Guerra da Independência contra as forças britânicas.
Em dezembro de 1921 foi assinado um tratado entre as autoridades irlandesas e britânicas. Foi concedido a independência à Irlanda, porém a Irlanda sofreu a divisão do seu país em duas partes: Irlanda do Norte com 6 condados e o Estado Livre Irlandês com 26 condados. Guerra Civil A opinião ficou dividida provocando uma Guerra Civil, de 1922 a 1923, com Collins liderando os favoráveis ao tratado e Valera liderando os contrários ao tratado. Essa guerra originou os dois maiores partidos políticos da Irlanda: Fine Gael , favorável ao tratado e Fianna Fáil contra o tratado. Irlanda do Norte
A Lei do Governo da Irlanda de 1920 também criou o Parlamento da Irlanda do Norte. Esse parlamento tinha a maioria protestante, porém acabou nos anos 60, devido à discriminação aos católicos. Houve muitos conflitos no ano de 1968 com protestos exigindo direitos civis dos católicos na Irlanda do Norte, com reações violentas de protestantes e da força policial. Em 1969, tropas britânicas foram enviadas a Derry e Belfast para manter a ordem. Resultaram o Domingo Sangrento em 1972 , quando as forças britânicas atacaram uma marcha pelos direitos civis católicos em Derry, matando 13 pessoas. Violência foi comum em ambos os lados.
O término dos conflitos foi depois do Acordo de Belfast, ou da Sexta-feira Santa, em 10 de abril de 1998. Calcula-se que 3.000 mil pessoas foram vitimadas por grupos paramilitares de ambos os lados. A partir de 1998 parece que a paz chegou na Irlanda do Norte e em 2007 os dois partidos rivais passaram a cooperar no governo da Irlanda do Norte. República da Irlanda A República da Irlanda foi estabelecida pela Constituição de 1937. Desde 1973 a Irlanda faz parte da União Europeia. Na década de 80 , com a recessão econômica, houve emigração para os EUA, Austrália e Reino Unido. Mas com as reformas econômicas e a entrada na União Europeia houve um grande aceleramento na economia. A partir dos anos 90 se tornou um país de atração de outros povos, consequência de uma das maiores taxas de crescimento econômico do mundo marcando a Irlando como Tigre Celta.
Bibliografia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Rep%C3%BAblica_da_Irlanda http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Irlanda http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Irlanda_%28400-800%29 http://www.livinginireland.ie/br/culture_society/a_brief_history_of_ireland/
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