terça-feira, 10 de outubro de 2017

Vinícola Salvati & Sirena

Enoturismo
Essa vinícola familiar de produção artesanal  é recente, desde 2003, mas sua história é encantadora. Essa vinícola tem o diferencial de ter introduzido o enoturismo no Caminhos de Pedra e de ser atendida pelos familiares.  O prédio foi construído com pedras basálticas irregulares através da técnica de cantaria. O espaço interno, octogonal, guarda diversas pipas e uma grande mesa com cadeiras para a degustação. Vinhos artesanais de qualidade são feitos com variedades de uvas especiais, uma delas, a peverella da época da imigração,  extinta que foi resgatada através da parceria com a Embrapa.  
 Outra variedade européia resgatada pela vinícola, originária do Piemonte é Barbera Piemonte, que foi extinguida com a difusão das variedades francesas.  
Paisagem encantadora

Silvério Salvati, enólogo, encanta os visitantes numa imersão à degustação, explorando todos os sentidos a cada vinho degustado.
 A cada vinho degustado uma riqueza de sensações...
Na degustação do Cabernet Sauvignon, observamos o vermelho rubi intenso, paladar com leve amargor,  com aromas lembrando café, tabaco, cravo-da-índia...
O Barbera Piemonte com cor violeta brilhante,  paladar encorpado e aromas de couro, chocolate com menta, amêndoas... enfim foi uma grande imersão em cada um dos vinhos degustados...


Vinho Branco -  Peverella vem de pevero que significa pimenta, chegou da região do Vêneto na época da imigração, mas foi extinta quando chegaram outras espécies de uvas. Seu sabor é picante, por isso seu nome. É um vinho refrescante e levemente picante.


 


 Goethe, a uva é rosada, rica em pectina, por isso também é usada para geléias, é uma variedade híbrida  do cruzamento de Moscato de Hamburgo e Cartier. O vinho tem sabor de frutas tropicais como goiaba, maracujá...














O espaço tem restaurante e varejo. Os grupos são agendados com antecedência.

site:
http://www.salvatisirena.com.br/
Agradeço à Escola Marianinha Queiroz que possibilitou esse passeio aos professores em comemoração ao dia do professor/2017

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Caminhos de Pedra - Casa da Erva-mate

 Caminhos de Pedra é um projeto cultural responsável pela preservação da cultura da colonização italiana bem como o seu resgate no sul do Brasil.

A Casa da Erva-mate faz parte do roteiro dos Caminhos de Pedra. O uso da erva-mate, ou caá-i, erva-do-mato, era  costume dos indígenas, incorporado pelos primeiros colonizadores portugueses,  foi absorvida também pelos imigrantes que aportaram na região. Estes criaram engenhosos maquinários de madeira movidos à água, aumentando a produção.   Esse espaço, aberto a visitação é um antigo moinho com o maquinário artesanal que faz todo o processo de secagem e socagem da folha da erva-mate. A primeira construção data de 1880 da família Cecconello, que foi vendida no final dos anos 60 para a família Ferrari, donos atuais.

Energia hidráulica através da roda d'água



 

 São necessários 5 anos para fazer a colheita da erva-mate.  As folhas são colhidas com os galhos.
 Conduto da água que move a roda d'água.
 A erva-mate é colocada nesse cilindro que é movido a roda d´água com fogo embaixo,  para a pré-desidratação da erva, depois disso ela é colocada na estufa ao lado para secagem.
O fogo é feito aqui e o calor segue pelo conduto por 10 metros,  barbaquá, palavra indígena que significa fogo que reluz.

Estufa onde ficam no estrado de madeira na parte de cima, as folhas se desprendem e caem na parte de baixo. 
 O tempo na estufa é de 26 horas.

Socador de 1918,o maquinário é muito antigo e não é usado, foi mostrado como funciona, sendo necessário destravar cada pilão para que funcione, movido a roda d'água. O que está em uso é de 1940.


Os imigrantes eram grandes engenheiros na construção de máquinas hidráulicas!


 


Há também um varejo no porão da casa em frente, onde pode-se provar o chimarrão com a erva feita artesanalmente, sorvete de erva-mate e outros produtos artesanais.

10 Mandamentos do Chimarrão, tirados dum quadro da parede do varejo:

1- Não peças açúcar no mate
2-Não digas que mate é anti-higiênico
3- Não digas que o chimarrão está quente demais
4- Não deixes um mate pela metade
5- Não te envergonhes do ronco no final do mate
6-Não mexas na bomba
7-Não alteres a ordem que o mate é servido
8-Não durmas com a cuia na mão
9- Não condenes o dono da casa por tomar o 1º mate
10- Não digas que o chimarrão faz mal. 


Caminhos de Pedra de Bento Gonçalves
Casa da Erva Mate Ferrari
Fone 54 34556427


Roma