quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Roma


Caminhando pelas ruas de Roma em direção ao Coliseu e nos deparamos com o gigantesco Monumento a Vítor Emanuel II, primeiro rei da Itália unificada, entre a Piazza Venezia e o Monte Capitolino, são 135 metros de largura e uma altura de 70 metros. Essa obra é construção moderna, terminada em 1935 envolvendo muita controvérsia, principalmente por ter sido construida sob vestígios históricos. Entre os italianos  seu apelido é máquina de escrever, ou bolo de noiva. O mármore branco reflete a majestade do projeto com escadaria central que leva até uma construção com colunas coríntias e a estátua equestre do primeiro rei italiano numa posição central. No alto em cada canto do monumento dois conjuntos de estátuas representando a deusa Vitória alada a frente de quadrigas. Há um elevador panorâmico que possibilita a vista de Roma lá do alto. Na parte de baixo há um museu da Unificação Italiana.


Estátua equestre de Victor Emanuel, colunata coríntia ao fundo.


terça-feira, 17 de setembro de 2019

MATO SARTORI


O Mato Sartori é uma reserva de 6,6 hectares conservada no centro da cidade, incrível essa área não ter sido desmatada pelo avanço urbano. Pois é, a Rua Borges de Medeiros tem essa riqueza no final da via.


 Lá podemos ver espécimes de árvores nativas da região como o carrapicho, sucará, mamica-de-cadela, erva-mate, cedro, canela-merda e tantas outras.  Esse parque nos mostra um pouco da flora nativa da cidade nos seus primórdios, a Floresta Ombrófila Mista, Mata de Araucária, pertencente ao bioma Mata Atlântica.

Espaço onde os estudantes podem sentar para a merenda

 Início da trilha na mata





As trilhas são sinalizadas










 Cipós formando emaranhados artísticos


Infelizmente o parque não está aberto para o público, as visitas são agendadas e guiadas por pessoas especializadas. Normalmente são grupos de estudantes das escolas da região. O parque tem um centro administrativo na entrada com estrutura para receber turmas e salas para palestras. Quando o conheci em 2010, o parque estava com toda a estrutura recém-reformada, acompanhei várias turmas de estudantes da escola Marianinha Queiroz. Conheci as diversas trilhas, das mais simples as mais complexas, como a Trilha dos pinheiros, da pinguela e do carrapicho.

Este ano acompanhei o sétimo ano da Escola Armindo Turra. O parque ficou um tempo fechado e há um ano reabriu, o tempo passou e as instalações das trilhas estão necessitando de reformas como o mirante que não pode ser acessado. Mas mesmo assim é um passeio maravilhoso, fomos recebidos e guiados pelo acadêmico de biologia Ramón que nos mostrou curiosidades das plantas, nos contando do bioma a que pertencem: floresta ombrófila mista.

Trilha do carrapicho: Passeio suspenso









Trilha dos Pinheiros

É a maior trilha do Parque. Em torno de 1.090 metros. A maior atração é o Observatório, com 20 metros de altura. Infelizmente está interditado. 



 Observatório com 20 metros de altura.
 O mirante estava interditado, não podemos subir para ver a vista da cidade







 Vista da cidade 










Trilha da Pinguela


São 180 metros, mas com dificuldade, pois há subidas e descidas íngremes. Passa-se pela pinguela, de 15 metros de extensão. 
















Algumas das árvores nativas do parque:

Camboatá Branco – Matayba elaeagnoides Radlk.

Mede em torno de 14 metros de altura. Suas folhas são ásperas ao toque. Florescem entre setembro e novembro. Flores são pequenas, brancas e verdes. Os frutos amadurecem de dezembro a janeiro. Muito usada em recuperação de áreas degradadas.

Canela-gaicá - Ocotea puberula
Nativa com uso em arborização urbana e celulose. Nas comunidades indígenas é usada para tratamento de tumores e afecções de pele.  


Canela- merda – Nectandra megapotamica. Sua folha tem um cheiro característico.


Carrapicho – Sloanea monosperma Vell




Os espécimes do parque são muito antigos, seu tronco deformado lembrando seres fantasmagóricos. Chega a atingir até 25 metros de altura. Possui tronco rugoso e oco, favorável a tocas de animais. Suas flores são amarelas e pequeninhas que florescem entre agosto e setembro. Os frutos são cobertos de pequenos espinhos, por isso o nome carrapicho, pois gruda no pelo dos animais e roupas, favorecendo a proliferação das sementes em outros lugares.

A trilha do Carrapicho circula um carrapicho enorme com deck suspenso.

Cedro: Cedrela fissilis Vell
Essa nativa ameaçada de extinção, pode chegar aos 30 metros de altura. Gosta de solos profundos e úmidos.


Cerejeira Eugenia Involucatra DC - Mede até 15 m. de altura, com casca lisa, cinza clara, cresce lentamente, prefere solos úmidos e profundos. Seus frutos são comestíveis.

Chal-chal – Allophylus edulis (A.St.Hill, Cambess.& A.Juss)
Mede até 10 m. de altura. Seu tronco é tortuoso de casca escamante. Apresenta flores pequenas, brancas e melíferas que aparecem entre setembro e outubro. Frutifica de novembro a dezembro e são frutos são vermelhos e pequenos. Nos meses frios perde parte de suas folhas.Guabiroba – Campomanesia xanthocarpo Berg.

Erva Mate – Ilex paraguariensis St.Hil.
A árvore onde se tira a famosa erva dos gaúchos usada no chimarrão. Mede até 15 metros de altura. Suas folhas são longas e largas com flores pequenas e pálidas. Seus frutos servem de alimentos para pássaros. Também é usada no paisagismo como ornamental.

Mamica-de-Cadela – Zanthoxylum rhoifolium Lam
Essa nativa é comum nas matas. Mede até 12 metros de altura. Seu tronco, quando jovem, possui aculhos, semelhantes a espinhos, mas ao contrário destes, conseguem sobreviver sem tirar nutrientes da árvore. Possui copa alongada e irregular. Floresce quase o ano todo, com maior predominância nos meses de agosto a novembro. Os frutos amadurecem de janeiro a março. É usada no reflorestamento de áreas degradadas,uso ornamental também e uso medicinal.

Murta - Blepharocalyx salicifolius (H.B.& K) Berg.
Mede até 20 m. de altura. Tem copa densa comfolhas cobertas por pelos sedosos. Suas flores são perfumadas, florescem entre agosto e dezembro.

Sucará - Dasyphyllum tomentosum (Spreng.) Cabrera
Árvore mais rara, talvez devido aos espinhos que possui. Seus espinhos são muito asseados, usados para suturar ,ferimentos. Mede até 15 metros de altura. Apresenta tronco de casca rugosa pardo clara, com grossos espinhos retos. Floresce de dezembro a abril, predominante em fevereiro. Ocorre nas matas dos pinhais, no interior e na borda dos capões, em solos úmidos e rochosos. Usada na recuperação de áreas degradadas.


Xaxins

Avistamos poucos xaxins, com certeza foram tirados para fazer vasos, comum antigamente, hoje isso é proibido por lei. 
Essas samambaias gigantes são  protegidas por lei, por estarem na lista das plantas ameaçadas de extinção. A extração é proibida por lei. 

Xaxim-de-espinho – Alsophila setosa - Formada por caules eretos, chega a medir 10 metros de altura. Apresenta espinhos no tronco . Suas folhas são maiores, chegam a medir cerca de 1 metro a 4 metros. Se desenvolve em lugares mais úmidos.
Xaxim alosophila Setosa Kaulf.

Postagem antiga do Mato Sartori:

Roma